quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

UM MUNDO SEM EMPREGO?

O lado mais perverso da crise que assola os países ricos é a alta - assustadora - no número de pessoas sem trabalho

     Retração econômica, protecionismo, isolamento... e o que aconteceu nos anos 30.  Foi com essas palavras que a temerária Diretora do Fundo Monetário Internacional, descreveu recentemente o caminho que a economia global pode tomar.  A crise das dívidas nos países europeus ainda está longe de ser resolvida, assim como segue em aberto o futuro do euro.  Certo mesmo é o resultado do pacote de austeridade: risco de recessão - talvez profunda - em todo continente europeu e mais insatisfação entre a população.  Nos outros integrantes do seleto clube dos países ricos, o cenário não é mais animador.  Nos Estados Unidos, embora a situação não seja tão dramática, existe um complicado impasse entre o governo e a oposição. No Japão, a tarefa de dar um sopro de vida à economia sofreu um golpe com o terremoto de março de 2011. Menos de quatro anos depois da crise precipitada pelo estouro da bolha imobiliária americana, o mundo se vê, mais uma vez, diante de um cenário sombrio. Talvez ele não seja tão terrível quanto o pintado pela Diretora do FMI - mas o simples fato de que essa possibilidade seja considerada por alguém com a autoridade de Lagarde já é em si motivo para preocupação.
As perspectivas de uma nova espiral negativa na economia mundial, associada a um crescente senso de desconfiança de uma geração que não sabe o que é emprego e muito menos poderá contar com os benefícios do Estado - nem hoje, nem no futuro -, é uma mistura perigosa e que não se via havia muitas décadas em países nos quais o conforto e a segurança durante muito tempo forma considerados um dado da realidade. A era da austeridade pode estar apenas começando, e os sinais de alerta estão por toda parte.
A conferir!
Fonte: EXAME

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

PARA PARA PENSAR NA SUA CARREIRA

Carreiras são como namoros ou casamento - podem ou não ter final feliz.

     Quando dá certo, tenha certeza, é porque você se esforçou, prestou atenção no outro, cuidou dele nas horas felizes e nos momentos difíceis. Quando dá errado, é porque, em 99% das vezes, foi descuidado, tocando a relação com atitudes e gestos mecânicos, mais ausente do que presente.  Você, na verdade, até achava que continuava fazendo as coisas como antes - mas o outro percebia que estava faltando alma. Como paciência tem limite, um dia você recebe cartão vermelho. Com pouca margem de erro, o que aconteceu é óbvio: faltou prestar atenção ao que acontecia a seu redor. Faltou enxergar os fatos como eles são, e não como você gostaria que eles fossem. Se você não fizer uma reavaliação do seu papel dentro da empresa pelo menos uma vez a cada três meses, há um grande risco de você perder o pé da realidade.
     Quantas vezes, você já ouviu estas histórias? Que tal diretor que, depois de décadas de bons serviços prestados, se acomodou e foi trocado por um jovem? Ou do executivo que, embora estivesse bem na carreira, acordava todo dia sem vontade de trabalhar? Ou o gerente que foi demitido e ficou sem saber se batia na porta de outra empresa ou abria um negócio próprio? O que os três casos, entre outros semelhantes, têm em comum? Nenhuma dessas pessoas parou para pensar no que fazia com sua vida profissional. Foram levando apenas, na esperança de que um dia um milagre caísse do céu e tudo mudasse. Pois, como sabemos, isso não existe. Tudo está em suas mãos, sempre. Fazer as coisas acontecerem você mesmo é o único milagre.
     Pois então o que fazer para voltar a ter o controle de sua vida?  Bem, como nos casamentos, você pode recorrer ao equivalente profissional da terapia de casais. Há muitas empresas que fazem aconselhamento de carreira. O ideal é que você as procure por livre e espontânea vontade, enquanto a bomba ainda não estourou.
     Assim como cada terapeuta seguir uma linha de análise, as empresas de aconselhamento de carreira também seguem métodos diferentes. Alguns detectam quais são suas fraquezas e o orientam para melhorá-las. Se não fala inglês, vai ter aula. Se for tímido, fará um curso de comunicação. Outras empresas querem que você esqueça as deficiências e se concentre apenas no aperfeiçoamento de seus pontos fortes.
     Fazer uma auto-análise direita é uma das coisas mais díficeis do mundo corporativo. Díficil, mas fundamental.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL

A linha caiu

     Numa iniciativa inteligente, o governo do estado de São Paulo decidiu modernizar o sistema de comunicação da Polícia Militar. No ano passado investiu quase 24 milhões de reais para equipar as viaturas com 11.000 tablets. Com os aparelhos, deveria ser possível acessar online o banco criminal de dados para saber os antecedentes de um suspeito detido, identificar na rua se um carro é roubado e até fazer um boletim de ocorrência no local de uma infração.  Deveria ser assim, mas na prática não é. Vários serviços não funcionam e os aparelhos costumam ficar fora do ar.   O funcionamento dos tablets esbarra num problema estrutural do Brasil: a deficiência da banda móvel. Parte do problema poderia ser resolvida com o aumento do número de antenas - e dinheiro para isso não falta. Existe um fundo criado para a expansão do sistema de telecomunicações, o FUST, que tem quase 11 bilhões de reais.  Segundo o governo federal, que já usou o fundo até para pagamento da dívida pública, o dinheiro fica parado porque faltam projetos. Ao que parece, a conexão do governo com o problema está fora do ar.
Que pena.
Fonte: EXAME.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

A administração da produção trata da maneira como as empresas organizam seus recursos, habilidades e competências, para produzir bens e prestar serviços.

     Normalmente é associado a palavra 'produção' a fabricação de produtos. Contudo, , fica a ressalva que a produção de qualquer bem envolve, obrigatoriamente, serviços internos e externos à empresa, que pode ser demominado de 'operações'.  Por exemplo, uma fábrica de televisão tem não apenas de fabricar a televisão em si, mas também planejar o serviço externo de atendimento ao cliente e o serviço interno de manutenção das máquinas.  Dessa forma, produção e operações pode ser abordadas como partes integrantes de um mesmo sistema, que é denominado como sistema de produção simplemente, produção.
   Apesar de as tarefas da produção possam ser planejadas apenas com base no bom-senso e na experiência pessoal, porém elas poderão ser realizadas com uma maior eficência se aplicados os métodos e procedimentos estudados na Administração da Produção, o que estimulará a competitividade do negócio.
     Conceituando sistema da produção, pode-se afirmar que é um processo de transformação que adcionará valor a insumos (entrada) para produzir bens e serviços (saídas). Que pode ser exeplificado através das matérias-primas vidro ou acrílico são transformados em lentes de óculos através de processos de corte e polimentos, ou pessoas habilitadas em Odontologia transformam seus conhecimentos em restauro de dentes, através de um atendimento odontológico.  Assim, bens e serviços são os produtos a serem adquiridos pelos consumidores e eles devem apresentar um maior valor para o consumidor do que as entradas. Já as entradas ou insumos do sistema são os recursos aos quais serão agregados valor durante o processo de transformação, a saber: recursos materiais, recursos humanos, recursos de capital e recursos de informação.
     Apesar de qualquer sistema de produção poder ser descrito pelo modelo "entrada - transformação - saída", existe um classificação em categorias de sistemas produtivos.  Uma classificação usual destes sistemas é baseado no fluxo do produto ou do processo produtivo, as mais relevantes são:
  • Sistema de Produção por Projetos;
  • Sistema de Produção por Encomenda;
  • Sistema de Produção por Lotes;
  • Sistema de Produção em Massa;
  • Sistema de Produção Contínua.
     As fases da Administração da Produção pode ser estudada deste o planejamento do tamanho da fábrica, até a programação de um determinado equipamento para utilização na fabricação de um produto.  As principais fazes são:
  • Infraestrutura;
  • Projetos;
  • Programação e Controle;
  • Manutenção e Melhoria da Produção.
     Na fase da infraestrutura se ocupa da localização da unidade de produção, de seu dimensionamento e dos equipamentos, do levantamento do pessoal necessário para a produção, do cálculo do tamanho das instalações, etc.  Ou seja, é nesta fase a responsbilidade pelos investimentos para a produção, um erro nesta fase pode custar muito caro no futuro.  Na fase de projetos na produção, serão relatadas especificações detalhadas relativas a produtos, processos e operações de fabricação.  Nesta fase se determina o desenvolvimento do produto, o arranjo físico e o projeto e organização do trabalho para a produção.Já o planejamento, programação e controle da produção é a fase que constitui o centro das atividades da Administração da Produção.  Pois se trata da operação dos recursos materiais, humanos e de capital, destinados à atividade da transformação. Deve-se ter um olhar, ou projetos para curto, médio e longo prazos.  Ficando atento para o planejamento agregado da produção, programação e controle da produção e administração de materiais.  Na última fase, a manutenção e melhoria contínua, são abordados programas de longo prazo relativo às atividades da produção. Cuja essencia é garantir a continuidade e a efetividade das etapas anteriores. Os programas de manutenção têm por objetivo a continuidade das operações programadas e os programas de melhoria contínua visam conferir níveis mais elevados de qualidade e competitividade aos produtos e ao negócio.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

AQUECIMENTO GLOBAL

E ainda criticam as usinas?

 
     A usina hidroelétrica de Belo Monte, no Pará, é alvo de 14 ações a Justiça que questionam o processo de licenciamento e os impactos socioambientais da obra. A resistência ao projeto, movida mais pela emoção do que pela razão - como em um recente vídeo protagonizados por um grupo de artistas globais -, faz pouco sentido num país que líder mundial em energia limpa graças, sobretudo, às usinas hidroelétricas e à bioenergia da cana-de-açúcar. Hoje, 45% da energia consumida no Brasil vem de fontes renováveis. No mundo, a média é de apenas 13%. A vantagem de ter uma matriz energética mais limpa fica evidente quando comparado com índices de emissão de CO2, um dos principais gases do efeito estufa, em algumas das maiores metrópolis do mundo.  Os países que usam fontes não renováveis de energia, como petróleo ou carvão, não conseguem compensar a emissão de gás carbônico mesmo com um eficiente sistema de transporte coletivo. Na média per capita, Nova York emite sete vezes mais CO2 do que São Paulo, embora a cidade brasileira tenha sérias deficências no seu transporte coletivo. Londres, com sua bem servida malha de metrô, emite quatro vezes mais carbono por habitante do o Rio de Janeiro.
     Estamos bem, mas da para melhorar.
Fonte: EXAME

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

TRABALHO

O efeitos colaterais da lei de terceirização

     Um dos efeitos colaterais do projeto de lei que regulamenta a terceirização de serviços no país e que deverá ser votada na Câmara dos Deputados no início deste ano será a mudança na forma de venda de crédito para recarga de celulares. O projeto estabelece que todo tipo de serviço poderá ser terceirizado, inclusive os utilizados nas atividades fim das contratantes, o que hoje não é permitido pelo Tribunal Superior do Trabalho. Mas prevê que as empresas que fornecem o serviço sejam especializadas em uma única atividade. Com isso, uma companhia de segurança, por exemplo, não poderá prestar serviços de limpeza. O entendimento legal é que a recarga dos celulares é um serviço de telefonia. Dessa forma, não poderia ser prestado por supermercados, bancas de jornal ou lotéricas. Se o projeto de lei for aprovado, as vendas terão de ser feitas apenas em lojas das operadoras.
Fonte: EXAME.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

TUDO AQUILO QUE QUEREMOS SER

Não foi fácil, pelo menos no Brasil, 2011 nasceu como um período de renovação, sob o manto da euforia.

     O país, apontado como a joia entre os emergentes, crescia num ritmo só experimentado quatro décadas atrás. Era o Brasil do pleno emprego, da nova classe média, da renda em alta, do reconhecimento internacional manifestado em elogios e em investimento. O que poderia estragar a festa?  A resposta que não queríamos ouvir foi sendo dada ao longo dos meses, conforme a crise da zona do Euro se aprofundava e segurava o crescimento global, cada vez que assistíamos à impotência das autoridades para resolvê-la. Mais uma vez, o mundo mergulhou na incerteza. E conforme previsões o ano fechou com um crescimento pífio. Longe de ser desastroso. Menos do que poderia ter sido. É confortável colocar a culpa por tudo aquilo que não foi feito na conta dos outros: países ricos que se perderam na gastança, dispostos a viver o presente sacrificando o futuro. É confortável, mas não 100% honesto. O primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff passou sem que quase nada fosse feito para preparar o país para crescer e sobressair num cenário global mutante e cada vez mais complexo. Só a própria presidente poderia explicar as razões por trás disso. Mas certamente a sucessão de escândalos que derrubou parte de seu ministério não ajudou.
     Seria ingênuo pregar que 2012 será mais fácil do que 2011. É muito provável que as crises internacionais se arrastem, com picos de maior ou menor tensão. Vamos sobreviver a elas, como já fizemos em tantas outras, em momentos muito mais difíceis para o Brasil. O país continuará a ser um grande mercado emergente, onde a riqueza é gerada a despeito dos desmandos políticos, da tirania da burocracia, da carência de recursos. É quase um milagre: há um país mais forte do que tudo isso que está por ai. É a nossa banda boa.manifestada na ambição e na vontade de trabalhar e de progredir de empresas e cidadãos. É a parte de nossa sociedade na qual deveríamos investir como forma mais rápida de chegar ao desenvolvimento. É o pedaço do Brasil que deve prevalecer.
Fonte: EXAME

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O NOSSO CONSOLO

O melhor que o governo federal teve a apresentar em 2011 é o que não fez:
  • Não fez pacotes;
  • Não inventou;
  • Não mexeu nos fundamentos da economia.
É pouco, claro - mas é o que podemos almejar no momento.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

TODOS POR UM

O número de cooperativas nunca foi tão grande. Entenda por que o sistema é uma opção vantajosa para que quer garantir o trabalho e aumentar a renda.

     Momentos de crise são tidos como oportunidades valiosas de crescimento. Pelo menos no que diz respeito ao sistema de cooperativismo no Brasil, parece que o senso comum está mais do que correto. Desde o final do século passado, no início dos anos 90, alavancado por percalços econômicos e sociais do país, o modelo de organização em que todos são donos do negócio já cresceu mais de 1.000% - incluindo nesta conta cooperativas de crédito, educação, saúde, trabalho e produção, entre outras. É uma nova relação que torna o profissional auto suficiente. Na prática, o que os profissionais associados às cooperativas de trabalho estão descobrindo é que contratantes não faltam.
     Via de regra, os profissionais associados já passaram por empregos formais, têm competências amadurecidas e preocupação em se manter constantemente atualizados. Para as empresas há ainda as vantagens contratuais. Quem presta serviço é um profissional, mas o acordo é feito com a cooperativa, que funciona como uma espécie de procuradora do trabalhador. A Constituição garante tratamento tributário diferenciado às cooperativas e às empresas que as contratam. A lógica que rege o sistema privilegia as pessoas. O associado mantém-se como profissional autonômo. Não dispõe dos benefícios de um emprego com carteira assinada, mas tem a vantagem de, por estar em associação, ter acesso a licitações e contratos vedados a pessoas físicas. O que as cooperativas fazem é embutir valores proporcionais às férias e ao 13°salário no preço que propõem aos clientes. E vão além, boa parte já oferece benefícios típicos dos de uma empresa tradicional, como plano de saúde e de previdência privada.
     É fundamental que cada profissional faça um exercício constante de avaliação de seu desempenho. Afinal, você será o seu patrão, literalmente. O trabalho autonômo, mas a imagem que deve ficar no contratante é a do coletivo. Por isso, a responsabilidade de estar atualizado aumenta. É fundamental também aprender a controlar a agenda e a gerir as finanças e o futuro. Há ainda o fator convivência em grupo: disposição para ouvir e para seguir a opinião da maioria. Conciliar visões diferentes é a pedra no caminho do cooperativismo, e ao mesmo tempo, seu grande mérito.