quarta-feira, 30 de maio de 2012

UMA LIDERANÇA INGRATA

Os empréstimos, no Brasil estão entre os mais caros do mundo.

     O Brasil tem o terceiro maior spread bancário (a diferença entre o valor que os bancos pagam para captar dinheiro e quanto cobram para emprestar) do mundo. O nosso fechou 2011 em 33% - só perdendo para Quirguistão (34%) e Madagascar (42%). Países mais parecidos com o Brasil, como Chile e México, cobram entre 3% e 4%. Há possíveis explicações para a anomalia. Amais controversa é se a competição, aqui no Brasil, é mais branda do que em outros mercados.Não funcionam no Brasil mecanismos que, no exterior, fazem com que bancos disputem clientes de forma mais agressiva. O principal deles é o cadastro positivo, um sistema que permite a troca de informações de quem paga seus empréstimos em dia. Ele foi aprovado há quase um ano, mas, até agora, não deslanchou.  Os bancos dizem que as informações são precárias, porque os clientes precisam autorizar a inclusão de seu nome no cadastro e podem tirá-lo se quiserem, o que torna o sistema pouco confiável.  O spread elevado também se deve a fatores como a alta carga tributária e inadimplência - os empréstimos atrelados a garantias são incipientes, o que aumenta o risco de um calote. É possível que o Banco do Brasil dê uma chacoalhada o mercado, tanto que suas ações já despencaram no mercado acionário. Mas, ainda que isso ocorra, só resolverá parte do problema.
Fonte: EXAME.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

DISPUTADO E BEM PAGO

Quem é esse profissional que toda grande empresa quer contratar?

     Veja a seguir as oito características do profissional mais cobiçado do mercado:
  1. É engenheiro civil, por quê o Brasil quadruplicou seus investimentos em infraestrutura nos últimos dez anos, mas o número de engenheiros formados permaneceu insuficiente;
  2. Ter pós-graduação ou MBA na área de finanças, por quê com a crise econômica de 2009 e a necessidade de ganhar novos mercados, as empresas passaram a buscar profissionais com um olho na sua área e outro no orçamento, nos preços e na concorrência;
  3. Estudou ou trabalhou no exterior, por quê quem viveu fora do país tende a se adaptar mais facilmente a novas situações e mudanças inesperadas;
  4. Já fez algum tipo de trabalho voluntário, por quê na visão de empregadores, a experiência acrescenta duas qualificações preciosas ao profissional, tais como, facilidade em trabalhar em equipe e curiosidade em conhecer novas realidades;
  5. Cusou um MBA em gestão de projetos, por quê é o tipo de conhecimento que habilita o profissional a ajudar sua empresa a se expandir. Permite, por exemplo, que ele coordene o investimento em novos produtos ou a abertura de uma unidade;
  6. Fala inglês, espanhol e tem noções de mandarim, por quê depois da China o Brasil é hoje o país que mais recebe investimentos externos em projetos;
  7. Tem ao menos dez anos de atuação no mercado, por quê os últimos solavancos da economia não deixaram espaço para iniciantes;
  8. Não se importar de morar em lugares distantes dos grandes centros, por quê os negócios no Brasil se expandem cada vez mais para longe dos centros urbanos. As empresas querem gente capaz de prospectar novos mercados e liderar a abertura de filiais.
     Mais do que engenheiros, no entanto, as empresas desejam que seus melhores funcionários saibam lidar com dinheiro e consigam, por exemplo, elaborar projetos com reais chances de sair do papel. Para isso, eles têm de dar asas à criatividade mantendo os olhos no orçamento, nos preços, na concorrência e nos lucros. Estas qualificações ainda servem tanto para ajudar a expandir negócios em períodos de bonança como para blindá-los em momentos de crise.
     Faça sua reflexão, ainda da tempo.
Fonte: VEJA 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

TRAINEE

Como entrar para este clube.

     Faça como os bons trainees que colecionam aprovações nos mais variados programas e concorridos do Brasil. Saiba como eles chamaram a atenção dos recrutadores e como se proparam para as seleções. O que será que estas pessoas que se destacam entre milhares de concorrentes?  Engana-se quem pensa que basta apenas um currículo perfeito, com uma graduação numa faculdade de renome e conhecimentos avançados em outros idiomas.  Isso pode ser a base, mas não é tudo. Outros fatores de peso pode ser relacionado ao comportamento, tais como: atitude e a forma como se prepararam para a seleção, tem peso mais relevante nesta hora.
     Eis alguns itens que devem ser observados pelos condidatos a trainee:
  1. Conheça a fundo o processo seletivos, cada detalhe é fundamental na sua preparação;
  2. Invista no marketing pessoal, demonstre suas qualidades e potenciais;
  3. Aposte no coaching e no autoconhecimento, demonstre seu dinamismo e constante vontade de conhecer coisas novas;
  4. Saiba mais sobre a empresa do que seus concorrentes, procure conversar com funcionários e ex-funcionários da empres e busca o máximo deinformação sobre valores e cultura e a forma de fazer negócio, assim quando o recrutador te fizer uma pergunta você tem elementos para enriquecer sua resposta;
     Saiba se comportar diante da alta direção e entenda como ela avalia a seleção de trainee, afinal são eles que decidem. É preciso impressionar quem avalia. Após a triagem das competências feitas por consultores e profissionais de RH, a próxima fase seria o painel de negócios e entrevistas, onde ganha maior peso os conhecimentos sobre o mercado e o produto da empresa e o grau de identificação do futuro trainee com a cultura da organização.
     Abaixo oito questões comuns num processo de recrutamento, perceba o que esta sendo avaliado em cada uma delas:
  1. Que legado você quer deixar nesta empresa? Avaliar o perfil profissional e suas prioridades;
  2. Você teve oportunidade de liderar um projeto? Fale sobre o processo. Avalia o estilo de liderança;
  3. De que forma você busca autoconhecimento? O que importa nesta resposta é se a pessoa busca o autoconhecimento de forma consistente;
  4. Entre seus amigos como você é lembrado? Avalia a capacidade de identificar qualidade e defeitos e como lida com a visão que outras pessoas têm deles;
  5. O que você sabe sobre si mesmo hoje que não sabia há cinco anos?  Avalia o grau de autoconhecimento do candidato;
  6. Por que escolheu esta empresa e não a concorrente?  Avalia se o condidato estudou o mercado no qual está preste a ingressar, se entende do negócio e se identifica com os valores da empresa;
  7. Qual a decisão mais difícil que já tomou na vida? Avalia o grau de maturidade  e a forma como faz as escolhas;
  8. Conte uma situação que precisou trabalhar com uma pessoa difícil? Analisa a capacidade de trabalho em equipe, sua habilidade de conviver com a diversidade e sua flexibilidade.
     Tenha em mente que está é uma prova de fogo, para a qual você deve estar super preparado e concentrado.
Fonte: VOCÊ S/A

segunda-feira, 14 de maio de 2012

REFLEXÃO

"A questão-chave não é escolher o melhor, se governo ou setor privado, mas saber quais papéis eles devem ter na sociedade. Para isso, precisamos começar perguntando que sociedade queremos."

                                                                            David Ronthkopf

VAREJO

Você só encontra nas boas casas do ramo.

     Frase antiga mas que exprime o verdadeiro significado do varejo, o último elo do canal de distribuição entre o produtor e o consumidor. Este agente econômico, seja empresa ou profissional liberal, é um prestador de serviços que interage diretamente com o consumidor final, onde ocorre em maior proporção o processo de decisão de compra. Isso o privilegia, pois influencia o consumo o que torna o varejista um elo relevante de prosperidade num canal de distribuição e do marketing do produto como um todo.
     O marketing de varejo se inicia com as seguintes definições - ramo de atividade e público-alvo, pois a partir dai se define o nível de serviço, o sortimento, a localização e ambiência. Em relação ao sortimento, três decisões devem ser tomadas com relação a sua configuração: loja especializada, loja departamentos ou loja de conveniência. Um sortimento ampliado depende da área disponível na loja, tanto para exposição, como para estocagem. A seleção do sortimento deve ser mensurado pela demanda do mercado-alvo e a rentabilidade da comercialização dos itens. Já o nível de serviço é diretamente determinado pela opção inicial, ramo de atividade e público-alvo, a lista de serviços prestados pelo varejista vai ser influenciada pela necessidade dos consumidores nesta fase identificada. Porém, duas decisões serão fundamentais para a estruturação do varejo, que vai de um contínuo entre auto-serviço ao serviço completo. Outra questão de muita relevância para o varejo está relacionada às características do ponto comercial, que deve atentar para as questões: perfil e intensidade do fluxo de pedestres e veículos, perfil da vizinhança, condições estruturais e de conservação do imóvel, posição do imóvel em relação ao acesso dos pedestres e de veículos, preço do imóvel, tanto para alugar, como para comprar e por último a disponibilidade de acesso a transporte público. Com relação a ambiência, também está diretamente ligada a primeira decisão, ramo e público, que influenciam a ambiência do espaço, tais como: tamanho e características da construção, layout, elementos sensoriais e pessoal (vestuário, aparência, escolaridade, simpatia, extroversão e agilidade).
     Muitas mudanças estão e estarão acontecendo no varejo brasileiro, porém pode-se afirmar algumas tendências bem consistentes nesta área, que seria a multiplicidade de formatos, que reflete a fragmentação dos mercados provocada pela necessidades dos consumidores e as variações das pessoas em relação a seus hábitos e preferências, resta ao varejo adaptar-se à variedade de demandas, utilizando vários formatos para chegar até ao consumidor. Outra questão relevante é intensificação da concorrência, traço comum entre os formatos varejistas, o que determinado um alto indíce de venda, fusões ou encerramento de negócios. Os varejistas necessitarão, cada vez mais, desenvolver estratégias robustas e competências para enfrentar cada vez mais uma concorrência feroz, onde buscará avançar sobre seus concorrentes ou se defender do que já conquistou. A busca pela eficiência, que implica na redução de custos e o aumento de vendas com a mesma quantidade de recursos disponível, melhorando o retorno sobre o investimento, são pressões geradas pelas tendências anteriores. Caberá ao varejista atentar para estas tendências e tomar as decisões mais acertados de acordo com sua proposta de melhor atender a seus consumidores.
Boas escolhas!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

VOCÊ É UM PRODUTO - ACREDITE

Se quiser fazer sucesso precisa acreditar nisso e levantar seus pontos fortes e fazer propaganda para as pessoas certas.

     Você é um produto no mercado de trabalho, deve acreditar, pois senão corre o risco de ficar encalhado. Traduzindo da linguagem de marketing para a linguagem da sua carreira: sem se enxergar como um produto, dificilmente você conseguirá um emprego do qual goste, onde consiga usar o que tem de melhor e no qual encontre uma fonte permanente de aprendizado. É preciso refletir sobre os conceitos como: você é a sua marca, você é o seu projeto, você deve saber se vender, você deve administrar a sua própria marca. É isso mesmo. "Hoje em dia, o mais importante, para quem quer trabalhar e fazer negócios, é ser diretor de marketing da marca chamada você", afirma Tom Peters. A boa notícia é que todo mundo tem a chance de se destacar.
     Mas, para que isso aconteça, não adianta se conscientizar de que você é um produto só na hora em que se sentir infeliz no trabalho ou quando perder o emprego. E sim, sempre. Você terá que usar a arte da mercadologia para se ajustar ao mercado. Como assim? Pense na variedade de xampus que existem: para cabelos secos, normais, coloridos, ressecados, quebradiços, lisos, ondulados, etc. Cada um tem seu ponto forte. Cabe ao responsável pelo marketing e vendas explorar essas características na melhor forma. Mais do que isso: ele deve conhecer muito bem qual é o público-alvo do seu produto. Saber quais são suas necessidades. Só assim vai saber como satisfazê-las da melhor forma. Transfira esse raciocínio para sua vida profissional. Você tem seus pontos fortes. E tem de satisfazer as necessidades do seu cliente: a empresa em que você deseja trabalhar. Do que as empresas mais precisam? De gente preparada para resolver seus problemas reais. Só se conhecendo muito bem, você saberá que tipo de problema está apto a resolver. E só assim conseguirá se vender ao seu comprador.
     Você tem certeza de que sabe bem quais são suas habilidades? Quais são as situações que permitem que você alcance os melhores resultados? Com que tipo de pessoas você trabalha melhor? Qual é o campo de atuação mais favorável para alguém com sua personalidade? Estas são perguntas muito mais complexas do que parecem. Respondê-las exige um profundo autoconhecimento e disposição para refletir.
     Na correria do dia-a-dia dificilmente paramos para analisar com calma todos esses aspectos. Sem contar que, muitas vezes, não sabemos nem por onde começar. Aproveite esta oportunidade e faça a sua reflexão e não perca tempo com seus pontos fracos. Invista nos pontos fortes, ou seja, naquilo que pode fazer a diferença.
Boa sorte!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

PATROCÍNIO ESPORTIVO

Um jogo para profissionais.

     Depois depois de 13 de agosto de 2012, as atenções do mundo esportivo estarão todas voltadas para o Brasil. A copa do mundo de futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016 no Rio de Janeiro são os próximos dois grandes eventos esportivos da agenda mundial, foco de interesse de atletas, técnicos e confederações e, sobretudo, de uma audiência com escala e amplitude incomparáveis.
     A Copa e a Olimpíada vêm aumentando a quantidade e a qualidade do investimento das empresas em esportes. Algumas recomendações de especialistas em marketing esportivo:
  1. Defina o objetivo do investimento - um patrocínio esportivo pode tornar uma marca local conhecida nacionalmente, ajudar a rejuvenescer um produto e ligar uma marca a um valor associado a uma modalidade, equipe ou atleta. Por isso, é preciso definir qual público a empresa quer atingir e que tipo de mensagem ela pretende transmitir;
  2. Atleta ou entidade? - O patrocínio a um atleta costuma dar visibilidade mais rápida a uma marca do que o patrocínio a uma modalidade. O atleta personifica atributos de desempenho, personalidade e estilo de vida. Mas também gera mais risco, pois está sujeito a problemas físicos e de comportamento. O investimento em um federação ou confederação leva mais tampo até que a marca seja associada ao esporte, mas também é menos volátil;
  3. A escolha certa - as escolhas de uma modalidade ou de um atleta têm de ser criteriosas. Primeiro, eles têm de ser adequados ao público-alvo e aos valores aos quais a empresa pretende se associar. No caso de uma confederação, é preciso analisar se ela tem contrato de transmissão de televisão, com quais emissoras, quantas medalhas olímpias já conquistou e qual o seu tipo de governança. No caso do atleta, é preciso analisar o histórico de desempenho e de comportamento;
  4. Tempo é dinheiro - quem sai na frente, gasta menos e consegue escolher atletas ou categorias que se encaixam melhor na estratégia da empresa. O patrocínio esportivo também obedece à lei da oferta e da procura. Quanto menos atletas e modalidades disponíveis - e quanto mais próximo o evento maiores os investimentos;
  5. Divulgação do patrocínio - é preciso investir e usar a criatividade para que o patrocínio tenha bom retorno. Além de estampar a marca nos uniformes, ações que mostrem a associação da empresa com os patrocinados são fundamentais, seja na mídia, seja em redes sociais, seja em promoções com os consumidores;
     As ações complementares de marketing são tão importantes quanto o investimento no patrocínio. Porém muita atenção e um pouco de sorte é fundamental, pois como em quase tudo na vida, o patrocínio esportivo tem riscos. Desde os mais simples, como o consumidor associar o patrocinador a um eventual fracasso da equipe, até aos cada vez mais comuns escândalos de corrupção envolvendo competições, passando pelas crises de imagem em que alguns esportistas se envolvem. Há muitos outros - e convém não associá-los a marcas de respeito. Para elas, o que realmente importa é a imagem de vitória, superação, união e compromisso que o esporte pode transmitir.
Fonte: EXAME.