quarta-feira, 13 de junho de 2012

BOLSA DE VALORES

A estratégia que deu certo.

     Há pouco mistério na maneira como os mais antigos investidores aplicam em ações com sucesso. O segredo dizem eles, é ter disciplina e paciência para seguir regras básicas. Veja algumas delas:

  1. Estar disposto a aplicar numa ação por anos - as fortunas desses investidores na bolsa foram construídas ao longo de décadas. Por exemplo, Luiz Barsi tem ações do Banco do Brasil desde os anos 70 e chegou a pagar o equivalente a 50 centavos pelo papel, que hoje custa cerca de 15 reais. Victor Adler aplica em Petrobras e Souza Cruz há 30 anos. Em geral, eles só vendem suas ações em casos excepcionais;
  2. Analisar as companhias a fundo - Olhar o balanço financeiro é só parte do trabalho. Esses investidores visitam escritórios e fábricas, avaliam o perfil dos executivos e controladores da companhias e a situação da concorrência e acompanham tudo isso periodicamente, para medir como as mudanças podem influenciar os resultados;
  3. Colocar os ovos em poucas cestas - eles compartilham a opinião do bilionário americano Warren Buffett: que sabe o que está fazendo não precisa diversificar. Por exemplo apesar de ter centenas de milhões de reais na Bovespa, eles não costumam ter mais de 15 ações em carteira e geralmente, não investem em outros mercados, como o imobiliário. Todos os esforços ficam concentrados na bolsa;
  4. Comprar ações de empresas que pagam dividendos - esses papéis compõem boa parte da carteira deles. O objetivo é garantir um retorno parecido com o da renda fixa, para sofrer menos com o vaivém da bolsa. Por exemplo a Eternit distribui 20 centavos por ação todo trimestre. Quem tem 30 000 papéis da empresa (cerca de 300 000 reais), recebe, por mês, 2 000 reais em dividendos, não importa se o preço da ação subiu ou caiu.
     Esses acionistas também ganham dinheiro evitando cometer grandes erros. Veja o que eles não fazem:
  • Comprar só porque fico barato - procurar ações baratas é só parte da análise. Para eles, papéis subvalorizados podem ficar assim para sempre. Parisotto, por exemplo, só investe em empresas lucrativas;
  • Prestar atenção em boatos - dicas de amigos são ouvidas, mas com cautela. Eles geralmente usam isso como ponto de partida para pesquisar melhor sobre a empresa;
  • Negociar no curtíssimo prazo - esses investidores preferem usar o tempo para analisar as empresas, em vez de passar o dia comprando e vendendo ações (day trade) para ter ganhos imediatos;
  • Investir em abertura de capital - o problema, segundo os acionistas, é a falta de histórico das empresas que abrem o capital. Geralmente, eles acham que o risco não compensa.
     É claro que, na prática, as coisas complicam um pouco. O segredo, destes investidores, é saber escolher empresas que mantenham uma política estável de dividendos. E ainda, como costumam ter fatias relevantes do capital das empresas em que aplicam, esses investidores conseguem participar da gestão: podem sugerir mudanças, vetar planos de investimentos e até aprovar a contratação de executivos. Talves seja esta a face mais importante desse grupo, a sua capacidade de intervir nas empresas e melhorar a gestão.
     É provável que, nos próximos anos, aumente o número de grandes investidores na bolsa. Nunca houve tantos milionários na país, e a renda dos brasileiros cresce a cada ano, o que, pelo menos em tese, abre espaço para que mais recursos sejam poupados. Além disso, com a queda do juros, espera-se que mais pessoas fiquem tentadas a comprar ações. A novidade é então o surgimento de um grupo que olha o longo prazo, quer construir fortuna aos poucos e ajudar as empresas nas quais investem. Portanto, é preciso ter investidores de diferentes perfis. Um mercado depende disso para se tornar maduro. de fato.
Fonte: EXAME

segunda-feira, 11 de junho de 2012

BANCOS

O vilão da vez!

     Desde o mês passado, o governo elevou o tom contra o spread bancário - a diferença entre os juros que os bancos pagam na captação de dinheiro e os que cobram no empréstimo aos clientes. De fato, o spread no Brasil está entre os mais altos do mundo. Da diferença entre juros pagos e recebidos, um terço é lucro dos bancos. Mas parte expressiva cabe ao governo - o custo dos impostos e do depósito compulsório soma 26%. Outro fator que encarece o crédito são os maus pagadores - o risco de calote representa 29% do spread. A inadimplência cresceu nos últimos anos com a chegada ao mercado de novos tomadores de empréstimos. Uma medida que ajudaria a reduzir esse custo é a regulamentação do cadastro positivo de consumidores. A questão é mais complexa do que parece. E não vai ser no grito que será resolvida. Todos - governo, bancos e consumidores - precisam fazer sua parte.
Fonte: EXAME.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO

Qual o papel do empreendedor no século XXI?

     O empreendedorismo se transformou numa revolucionária ferramenta de revolução social do século XXI. A Ênfase atual visa o estímulo a criação de empresas de sucesso e diminuir os riscos inerentes aos processos de criação e inovação. Cada vez mais, o ensino de empreendedorismo tornou-se um item obrigatório em várias partes do mundo e quase todas as universidades brasileiras.
     Todos os países necessitam de desenvolver um classe empreendedora proativa e dinâmica que dê sustentabilidade às suas ambições de crescimento econômico. O ensino do empreendedorismo, na formação de um novo profissional, tem sido considerado vital para melhorar o desempenho das empresas. Várias instituições de ensino elaboram seus projetos pedagógicos orientados para novos paradigmas educacionais, e no desenvolvimento das competências para o trabalho, levando em conta todas as peculiaridades e incertezas da sociedade atual.
     Muitas inovações em produtos e serviços são resultantes do esforço empreendedor de pessoas trabalhando em pequenas empresas. A importância dessas empresas, dentro da economia de um país, foi ofuscada nas últimas décadas do século passado, pela presença de grandes corporações, presentes hoje em dezenas de países. No entanto, a participação das pequenas e médias empresas no PIB dos países, na geração de empregos e, em muitos casos, nas exportações, é extremamente importante. As pequenas e médias empresas empregam mais, e muitas vezes funcionam como fornecedoras de mão-de-obra para as grandes organizações.
     O empreendedorismo se estabelece como um fenômeno cultural, fortemente relacionado e embasado no processo educacional. Tem uma atuação como fonte de criação de pequenas e médias empresas, muitas como inovadoras e de base tecnológica. Diversas universidades brasileiras já contam com incubadoras de empresas, um ambiente para novos e pequenos negócios que propicia certas vantagens e custos compartilhados, e incluem nos seus currículos a disciplina de empreendedorismo, estimulando e favorecendo a geração de novos empreendimentos.
     O ensino do empreendedorismo favorece o desenvolvimento de importantes habilidades e capacidades, como trabalho em equipe, comunicação verbal e escrita, apresentação de idéias, administração do tempo, autonomia para aprender e domínio de várias técnicas.
     Apesar das diferentes abordagens sobre o fenômeno empreendedor, pesquisadores e estudiosos do tema concordam e compartilham uma idéia em comum. Ela diz respeito ao reconhecimento do indivíduo como um importante e até vital elemento na geração de novos valores. Os empreendedores certamente não são os únicos a desempenhar essa função pelo desenvolvimento de empresas e pelas inovações de diferentes tipos, mas são os responsáveis por grande parte deles.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

COMO SELECIONAR TALENTOS?

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende"
                                                                              Guimarães Rosa

     Já li muitos artigos ensinando às pessoas como devem se comportar em uma entrevista. Vi poucos dando dicas ao entrevistador. Não quero dar conselho para ninguém, só contar uma pequena história.
     Certa vez fiz um curso sobre a "a arte de contratar talentos". E depois fiquei horrorizado, porque aquilo contraria meu bom senso: na metodologia ensinada o candidato deve ser esmiuçado como se fosse um novo computador ou um sistema que a empresa estava interessada em adquirir. No meu parecer, falta o "espírito". Pois, não tenho um método determindo, simplismente converso com a pessoa.  Dou uma passadinha de leve no currículo, para saber onde estudou, mas não me interesso pelas coisas maravilhosas que já fez em outras empresas. Procuro deixar o entrevistador falar mais e o respondo com sinceridade suas perguntas a respeito da empresa. E na oportunidade procuro informar as coisas boas e ruins que a empresa tem, como forma da pessoas se situar dentro da organização.  Você deve estar pensando, a que hora parte o foguete para Alfa Centauro, porque esse cara vive em outra galáxia.
     Pelas minhas contas, eu já admiti ou colaborei no processo de admissão de muitas pessoas. Errei, claro, e até errei feio. Mas, fazendo umas contas empíricas, acertei na mosca na maioria esmagadora dos casos. Muitas vezes, não recomendei a admissão do candidato com melhor currículo acadêmico, nem a do que tinha uma postura executiva perfeita, nem a do que estava mais adequadamente trajado para a ocasião. Mas daquele que me contava uma história de sua infância com mais entusiasmo e paixão.
     O resultado dessa estratégia pouco ortodoxa é óbvio: é uma maravilha trabalhar com gente assim. O ambiente fica leve, há muito bom humor pairando pelos corredores, não se formam grupos em que um quer furar o olho do outro.Mas, claro, essa gente que se emociona quando relata a primeira bronca que levou quando era estagiário, ou que erubesce ao lembrar de um erro absurdo que cometeu, não esta neste mundo corporativo só para se divertir. Exatamente por ser assim, passionais, é que eles acabarão transpondo qualquer obstáculo para dar à empresa exatamente o que o método convencional de entrevistas mais procura em um candidato: lucro na hora de fechar as contas do mês.
     E tem só mais uma última coisa. Uma das únicas perguntas que faço a um candidato é: se um dia eu tiver que demití-lo, como você gostaria que eu lhe comunicasse esta decisão? Já ouvi várias respostas interessantes. Algumas delas: "Não importa a forma porque, de qualquer jeito, na hora eu vou chorar". Ta contratado! Outra vez um me pediu: "Só não faça isso numa sexta-feira à tarde, como quase todas as empresas fazem, porque é muita crueldade". A verdade é que despedi poucas pessoas e, mesmo nesses casos, eu sempre sabia como começar. "Voltando àquele papo da nossa entrevista..." E nunca contratei alguém que tivesse me respondido: "Tenho a certeza de que jamais serei dispensado". Porque isso é ignorar que na vida corporativa existem, muitas vezes, solavancos que estão acima da vontade de quem demite e do bom desempenho do funcionário. A resposta a essa pergunta da demissão, pelo menos para mim, define o profissional bem resolvido, o que sabe balancear o dom de sonhar com a capacidade de enxergar a realidade.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

PROFISSÕES À PROVA DE CRISE

Quem são os profissionais que têm o futuro garantido nos setores mais promissores da economia brasileira:
  1. Agronegócio - o multiplicador de grãos, o engenheiro agrônomo com especialização em biotecnologia;
  2. Alimentação e Higiene - o criador de beleza o engenheiro químico ou farmacêutico que atua na criação de produtos de dermacosméticos;
  3. Construção - O engenheiro que gerencia e coordena todas as etapas de uma obra;
  4. Eletricidade e Gás - Engenheiro eletricista com no mínimo quinze anos de profissão, experiência na construção civil e pós-graduação em gestão de projetos;
  5. Financeiro - o economista digital, empresas do setor financeiro procuram, sobretudo, economistas com especialização em tecnologia digital;
  6. Extração mineral e indústria - o químico politicamente correto, um engenheiro químico ou de minas, com especialização em meio ambiente e fluência em inglês, espanhol e mandarim, é o tipo de profissional que as mineradoras e indústria de transformação estão à procura;
  7. Varejo - o vendedor conectado, o e-commerce, ou o comércio on-line está procurando administradores com especialização nessa modalidade de negócio, o fato de esse ramo de atividade ter surgido apenas recentemente torna ainda mais estratégico a figura do administrador;
  8. Logística - o perito em leva e traz, o profissional que povoa os sonhos do setor de logística é o engenheiro de produção ou o administrador capaz de criar mapas de distribuição eficientes e econômicos para transporte de produtos;
  9. Tecnologia de informação - o criador virtual o profissional mais desejado pelas empresas do setor de tecnologia da informação é o formado em ciências da computação ou análise de sistemas;
Escolha sua área de atuação e bom trabalho.
Fonte: VEJA