Multas pesadas, consumidores exigentes e muita competição estão criando novas oportunidades para profissões ambientalmente corretas.
O Brasil está acordando para as questões ambientais em medidas inéditas e realmente expressivas. Consequentemente, as profissões que têm alguma coisa a ver com isso estão entrando na roda. As somas envolvidas neste despertar já começaram a chamar a atenção. O que promete uma injeção de recursos muito grande nesse novo mercado, pois cada vez mais, os empreendimentos terão responsabilidades ambientais e exigirão profissionais especializados.
Tudo isso, somado e multiplicado, está empurrando empresas grandes, médias e pequenas a entrar na linha. Mas não é só. A maior ameaça para quem não segue a cartilha do ambientalmente correto não são as multas nem a opinião pública: é o livre mercado. Porque é mais caro e menos competitivo para as empresas gerar impacto ambiental e resolvê-los depois, mesmo que cumprindo fielmente a lei. Hoje, quando uma empresa recicla materiais, ela ganha dinheiro. Ou seja, a uma finalidade econômica na ecologia.
De um jeito ou de outro, o fato é que está crescendo a demanda de profissionais ligados à área do meio ambiente. Há carreiras deixando o limbo - ecólogos, por exemplo - e outras surgindo a partir da composição de conhecimentos técnicos e administrativos - como o gestor ambiental.
Essa visão multifocal das questões ambientais nas empresas está consolidando várias carreiras novas, na qual se misturam formações e/ou conhecimentos de administração, engenharia civil, elétrica, química, mecânica e de saneamento, mais geografia, biologia e oceanografia - tudo isso em paridade com a capacidade administrativa e gerencial. É ai que entra o valor da multidisciplinaridade, da visão geral do gestor ambiental.
Exemplo: o gestor verifica excesso de fumaça na chaminé da fábrica. Mas, em vez de instalar um filtro, que de pronto já colocaria a empresa em conformidade com a lei, ele busca mudança na carburação, ou seja, na fonte geradora da fumaça, que é ineficiente e eleva os custos de produção.
Essa já é uma exigência comum nos mercados de países desenvolvidos, e como o Brasil se candidata a uma vaga neste seleiro, deve propagar-se velozmente por aqui nos próximos anos, abrindo caminho para várias novas profissões.
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