segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O NOSSO DESAFIO

Em meados da década de 90, o Brasil e os brasileiros fizeram um movimento que mudaria a história.

     Ao derrubar a hiperinflação e conquistar a estabilidade da moeda, o país ergueu os pilares do crescimento visto nos anos seguintes. A estabilidade da economia tornou-se um valor da sociedade, um consenso quase inatacável por interesses políticos, idéias equivocadas ou oportunismo. Agora, fica cada vez mais evidente que, para dar um novo salto em direção ao desenvolvimento, teremos de abraçar novas bandeiras. E talvez a mais urgente entre elas seja a melhoria da eficiência, da transparência e da qualidade da gestão pública em todos os seus níveis. É inaceitável que a sociedade fique impassível diante dos absurdos de uma máquina pública que arrecada o equivalente a 40% de tudo que produzimos e nos devolve serviços de péssima qualidade, com prejuízo sobretudo dos mais pobres. É inaceitável que o dinheiro do contribuinte seja administrado com inépcia ou desonestidade. Melhorar a qualidade dos gastos e dos serviços públicos na Brasil é uma questão de decência, de justiça e de inteligência.
     Este desafio não deve ser encarado com ingenuidade - tampouco com cinismo. A eficiência na gestão pública têm a favor um histórico de sucesso (inclusive político) em estados e municípios que optaram pelo choque de gestão. A aprovação do cidadão, expressa nas urnas, é o maior dos argumentos.
     Esta é mais uma oportunidade que não deveríamos desperdiçar.
Fonte: EXAME

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