Carreiras são como namoros ou casamento - podem ou não ter final feliz.
Quando dá certo, tenha certeza, é porque você se esforçou, prestou atenção no outro, cuidou dele nas horas felizes e nos momentos difíceis. Quando dá errado, é porque, em 99% das vezes, foi descuidado, tocando a relação com atitudes e gestos mecânicos, mais ausente do que presente. Você, na verdade, até achava que continuava fazendo as coisas como antes - mas o outro percebia que estava faltando alma. Como paciência tem limite, um dia você recebe cartão vermelho. Com pouca margem de erro, o que aconteceu é óbvio: faltou prestar atenção ao que acontecia a seu redor. Faltou enxergar os fatos como eles são, e não como você gostaria que eles fossem. Se você não fizer uma reavaliação do seu papel dentro da empresa pelo menos uma vez a cada três meses, há um grande risco de você perder o pé da realidade.
Quantas vezes, você já ouviu estas histórias? Que tal diretor que, depois de décadas de bons serviços prestados, se acomodou e foi trocado por um jovem? Ou do executivo que, embora estivesse bem na carreira, acordava todo dia sem vontade de trabalhar? Ou o gerente que foi demitido e ficou sem saber se batia na porta de outra empresa ou abria um negócio próprio? O que os três casos, entre outros semelhantes, têm em comum? Nenhuma dessas pessoas parou para pensar no que fazia com sua vida profissional. Foram levando apenas, na esperança de que um dia um milagre caísse do céu e tudo mudasse. Pois, como sabemos, isso não existe. Tudo está em suas mãos, sempre. Fazer as coisas acontecerem você mesmo é o único milagre.
Pois então o que fazer para voltar a ter o controle de sua vida? Bem, como nos casamentos, você pode recorrer ao equivalente profissional da terapia de casais. Há muitas empresas que fazem aconselhamento de carreira. O ideal é que você as procure por livre e espontânea vontade, enquanto a bomba ainda não estourou.
Assim como cada terapeuta seguir uma linha de análise, as empresas de aconselhamento de carreira também seguem métodos diferentes. Alguns detectam quais são suas fraquezas e o orientam para melhorá-las. Se não fala inglês, vai ter aula. Se for tímido, fará um curso de comunicação. Outras empresas querem que você esqueça as deficiências e se concentre apenas no aperfeiçoamento de seus pontos fortes.
Fazer uma auto-análise direita é uma das coisas mais díficeis do mundo corporativo. Díficil, mas fundamental.
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