sábado, 4 de fevereiro de 2012

TODOS POR UM

O número de cooperativas nunca foi tão grande. Entenda por que o sistema é uma opção vantajosa para que quer garantir o trabalho e aumentar a renda.

     Momentos de crise são tidos como oportunidades valiosas de crescimento. Pelo menos no que diz respeito ao sistema de cooperativismo no Brasil, parece que o senso comum está mais do que correto. Desde o final do século passado, no início dos anos 90, alavancado por percalços econômicos e sociais do país, o modelo de organização em que todos são donos do negócio já cresceu mais de 1.000% - incluindo nesta conta cooperativas de crédito, educação, saúde, trabalho e produção, entre outras. É uma nova relação que torna o profissional auto suficiente. Na prática, o que os profissionais associados às cooperativas de trabalho estão descobrindo é que contratantes não faltam.
     Via de regra, os profissionais associados já passaram por empregos formais, têm competências amadurecidas e preocupação em se manter constantemente atualizados. Para as empresas há ainda as vantagens contratuais. Quem presta serviço é um profissional, mas o acordo é feito com a cooperativa, que funciona como uma espécie de procuradora do trabalhador. A Constituição garante tratamento tributário diferenciado às cooperativas e às empresas que as contratam. A lógica que rege o sistema privilegia as pessoas. O associado mantém-se como profissional autonômo. Não dispõe dos benefícios de um emprego com carteira assinada, mas tem a vantagem de, por estar em associação, ter acesso a licitações e contratos vedados a pessoas físicas. O que as cooperativas fazem é embutir valores proporcionais às férias e ao 13°salário no preço que propõem aos clientes. E vão além, boa parte já oferece benefícios típicos dos de uma empresa tradicional, como plano de saúde e de previdência privada.
     É fundamental que cada profissional faça um exercício constante de avaliação de seu desempenho. Afinal, você será o seu patrão, literalmente. O trabalho autonômo, mas a imagem que deve ficar no contratante é a do coletivo. Por isso, a responsabilidade de estar atualizado aumenta. É fundamental também aprender a controlar a agenda e a gerir as finanças e o futuro. Há ainda o fator convivência em grupo: disposição para ouvir e para seguir a opinião da maioria. Conciliar visões diferentes é a pedra no caminho do cooperativismo, e ao mesmo tempo, seu grande mérito. 

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