quinta-feira, 10 de novembro de 2011

OS SETE PECADOS DAS OBRAS PÚBLICAS

Boa parte das obras públicas no Brasil não avança, vítma de males arcaicos, como o superfaturamento, a fraude e a corrupção.

     Os pecados capitais foram criados no século VI pelo Papa Gregório Magno para explicar aos fiéis de maneira didática conceitos básicos sobre o certo e o errado. Foram chamados de capitais por serem considerados frutos das piores fraquezas humanas e merecedores de punições espirituais e materiais. Traduzidos para o terreno das obras públicas do Brasil de hoje, os sete vícios são fonte de prejuízos bilionários para os cofres públicos. Abaixo há uma lista dos males que esses vícios causam, segundo um levantamento do Tribunal de Contas da União.
AVAREZA
     Os fornecedores costumam ser mesquinhos, sempre com o próprio dinheiro, raramente com a verba pública.
INVEJA
     Quando a vitória alheia numa licitação incomoda, o perdedor não tem dúvida: trama contra o concorrente, tenha ou não razão para isso. Em 2010, o TCU recebeu 121 representações e 12 denúncias contra vencedores de licitações.
GULA
     Não falta apetite entre os prestadores de serviços na hora de fixar preços para obras públicas. Inchar o orçamento com a cobrança de valores acima do mercado é a irregularidade número 1.
PREGUIÇA
     O ritmo natural das obras de infraestrutura no Brasil é devagar quase parando: demoram, em média, oito anos. Se forem identificadas irregularidades, o cronograma pode ficar ainda mais comprometido.
LUXÙRIA
     As relações promiscuas entre funcionários públicos e representantes de empresas privadas rendem escândalos - e prejuízos.
SOBERBA
     A mania de grandeza cria projetos faraônicos a custos astronômicos.
IRA
     O andamento das obras também costuma ser prejudicado por brigas judiciais. Muitas são justas. Outras, porém, aproveitam-se da morosidade dos tribunais para atrasar as obras. Recorrem ao Judiciário concorrentes insatisfeitos com licitações, ONGs, ambientalistas e dono de terras descontentes com valores pagos em desapropiações.
Fonte: Anuário EXAME

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