Há nove anos, logo após o atentado terrorista ao Wold Trade Center espalhou uma nuvem de insegurança na sociedade americana e por consequência na economia mundial.
Jim Collins, o mais influente pensador da administração na atualidade, lançou-se ao desafio de responder por que algumas empresas conseguem prosperar e se sobressair em tempos de incerteza, turbulência econômica e rupturas tecnológicas, enquanto outras paralisam ou perdem o passo. De lá pra cá, uma crise de grandes dimensões abalou o mercado mundial, os Estados Unidos entraram num renitente período de estagnação econômica, a Europa passou a viver seu pior momento desde o final da Segunda Guerra Mundial, mercados emergentes mudaram a geografia dos negócios, corporações tradicionais e poderosas quebraram (ou quase). O impensável, o imprevisível aconteceu.
Num ambiente sem receitas honestas e sem certezas, gurus da administração são personagens fora de moda. Tanto quanto nós eles são incapazes de dizer o que virá daqui para a frente e que efeitos esses novos fatos terão sobre a economia, nossas empresas e nossa vida.
Mas Jim Collins tem se mostrado ao longo dos anos um teórico dos negócios diferente, alguém que não fala sobre o futuro, mas examina minuciosamente o passado e dele extrai pistas. Por isso, ele explica as razões pelas quais negócios como a Microsoft e a companhia aérea texana Southwest conseguiram crescer, ganhar mercado e relevância e garantir retornos sobre o investimento muito maiores que seus concorrentes em momentos de crise, insegurança ou ruptura.
De uma amostra de inicial de 20 400 empresas, apenas sete cumpriram todos os requisitos exigidos por Collins para ser selecionadas como exemplo. Elas jamais previram as dificuldades. Apenas estavam mais bem preparadas para elas. Têm, em comum, um traço de paranoia, uma obsessão em executar bem as coisas, o conhecimento de quem são as pessoas mais talentosas e comprometidas de seus times e a convicção de que trabalham para dar resultados hoje e sempre e não para agradar a analistas e investidores interessados nos lucros do próximo trimestre. São, enfim, negócios baseados na consistência.
Como diz Collins, em uma entrevista e EXAME, as empresas americanas estão aprendendo agora a trabalhar num estado de incerteza constante, algo que tem tudo para perdurar daqui para frente. São novatas no assunto, sobretudo quando comparadas a companhias de países como o Brasil. Aqui, durante muito tempo, o imprevisível, o impensável foi a regra. Esse, quem diria, pode ser o próximo tema sobre o qual Jim Collins vai se debruçar.
Essa seria a máxima da administração - FOCO NO CURTO PRAZO, INVIABILIZA A EMPRESA A LONGO PRAZO. Pense nisso!
Fonte: EXAME.
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