Marcha à ré.
Em meados de setembro, o governo optou pelos velhos caminhos do aumento do imposto e do protecionismo à indústria para tentar brecar o crescimento da importação de automóveis - que alcançou 531.000 unidades, com avanço de 35% de janeiro a agosto comparativamente a 2010. A medida tomada é uma elevação média de 30 pontos percentuais nas alíquotas do imposto sobre produtos industrializados de carros que utilizam menos de 65% de componentes nacionais ou do Mercosul e do México. Por exemplo, um carro importado com motor 2.0, a alíquota de IPI incidente passa de 25% para 55%, o que representa aumento de 120% no imposto cobrado.
O governo alega que tomou a medida para preservar empregos nas fábricas instaladas no país. A decisão, no entanto, representa um reconhecimento de que os carros produzidos aqui não estão aptos para competir - principalmente com os asiáticos trazidos da China e da Coreia do Sul. Também significa uma marcha à ré na abertura comercial, que, há 20 anos, foi responsável pelo aumento do leque de opções, pela competição e pela redução de preços que beneficiou o consumidor brasileiro.
Benefícios da abertura
No conjunto da economia brasileira, a queda dos impostos sobre produtos importados nos anos 90 resultou em:
- Aumento da competição no mercado, rompendo com o domínio de oligopólios;
- Ampliação da veriedade de produtos oferecidos ao consumidor;
- Ampliação da oferta de componentes importados para a indústria;
- Redução de preços, principalmente dos produtos com concorrentes importados;
- Redução do custo do investimento em máquinas e equipamentos;
- Elevação da produtividade graças à modernização das empresas.
Fonte: EXAME
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