quinta-feira, 21 de julho de 2011

O REMÉDIO QUE FALTA

O saneamento básico entrou no discurso, mas na prática nada sai do papel.

Segundo um levantamento da Trata Brasil, entidade de defesa do saneamento básico no país, das 101 obras de ampliação de redes de esgoto em curso nas cidades com mais de 500 000 habitantes atendidas por empresas públicas incluídas no PAC 1, apenas 4% forma finalizadas. A falta de saneamento não é apenas um risco ambiental - cria graves problemas de saúde pública. Mais de 700 000 pessoas são internadas anualmente no país com diagnóstico de doenças associadas à falta de saneamento básico e sete crianças morrem por dia vítmas de disenteria. Enquanto a área pública patina, a pequena parcela privada acelera.  Nos últimos cinco anos, nos pouco mais de 200 municípios com empresas privadas, a população atendida passou de 8,4 milhões para 17 milhões e os investimentos somaram 2 bilhões de reais, com enormes benefícios para a saúde. Um exemplo é a concessionária privada Águas de Guaririba, em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Em cinco anos de atuação, constatou que cada real investido em saneamento básico representou uma economia de 3 reais no tratamento de doenças associadas à falta desse serviço.
Conclusão: Se enfrentasse o desafio de universalizar o saneamento básico com investimentos estimados pelo governo da ordem de 270 bilhões de reais, o país economizaria na área de saúde pública cerca de 810 bilhões de reais. Um investimento com retorno garantido.
Fonte: EXAME

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