quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O PERIGO DE UMA RECESSÃO

A crise de 2008 foi causada por um problema bancário. Agora, o foco é nos governos.

     Incertezas sobre algumas das maiores economias do mundo têm gerado temores de uma nova recessão global. Veja onde estão os principais riscos:
  1. Estados Unidos - o principal temor diz respeito à saúde da economia americana. O desemprego continua elevado, e o crescimento do PIB está desacelerando. O medo é que o país entre em recessão. 1,5 trilhões de dólares é o total de cortes no déficit orçamentário que o país deve fazer até novembro;
  2. Brasil - uma crise branda nos países ricos não seria de todo ruim para o Brasil, porque ajudaria no controle da inflação. Por enquanto, esse cenário visto como mais provável pela maioria dos analistas, que esperam um crescimento do PIB de cerca de 3,5% neste ano. 351 bilhões de dólares é o total de reservas internacionais do Brasil hoje, 70% mais que em setembro de 2008;
  3. Espanha - O governo aprovou medidas para conter o déficit público, mas ainda há dúvidas sobre a capacidade do país continuar pagando suas contas. A situação política. com desemprego altíssimo, torna a tarefa de cortar gastos especialmente complicada. 21% é a taxa de desemprego no país, e entre os jovens o índice é quase duas vezes maior;
  4. Itália - A dívida italiana é a mais alta dos países do bloco sul da União Europeia. Além do risco de que não haja dinheiro suficiente no pacote de ajuda europeu, parte importante dos credores é estrangeira, o que poderia ampliar a crise. 2,6 trilhões de dólares é o total da dívida italiana, dos quais cerca de 700 bilhões estão nas mãos de estrangeiros;
  5. Grécia - Em troca de um pacote de salvamento acertado entre o Fundo Monetário Internacional e os países europeus, a Grécia se comprometeu com um doloroso ajuste interno, que deve manter o país em recessão por mais de dois anos. 157 bilhões de dólares é o tamanho da ajuda recebida pelo país do FMI e do fundo de países europeus;
  6. China - Não há sinais de que a máquina chinesa esteja em desaceleração acentuada, mas a inflação vem batendo recorde. Caso o país não consiga manter o equilíbrio entre alto crescimento do PIB e aumento dos preços, o choque será sentido em todo o mundo. 6,5% foi a taxa de inflação chinesa no mês de julho, a mais alta em três anos;
  7. Japão - O devastador terremoto seguido por tsunami levou consigo a tímida recuperação da economia japonesa, a terceira maior do mundo. O desastre também atingiu cadeias de suprimento globais de várias indústrias. 0,5% é a expectativa de crescimento da economia japonesa neste ano, uma redução de 1 ponto percentual em relação à previsão anterior.
     As principais diferenças entre a crise que se seguiu ao estouro da bolha imobiliária, em 2008, e a turbulência atual, é a seguinte: em 2008  a origem da crise se deu em função do crédito abundante e barato para comprar imóveis. Os mecanismos financeiros para vender e revender dívidas ampliaram o problema e envolveram grande parte dos bancos. Já em 2011, para salvar os bancos, os governos dos Estados Unidos e da Europa assumiram dívidas gigantescas, que colocaram em xeque o futuro da economia desses mercados. 
    O temor é que a economia dos EUA entre numa espiral negativa nos próximos meses e o agravamento da crise na Europa poderá afetar os bancos e o mercado financeiro, um dos riscos para o Brasil é a diminuição da demanda global por commodities.
A conferir!
Fonte; EXAME

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