Quanto menos física se torna a comédia, quanto mais se afasta do pastelão e da careta na direção do outro extremo do arco, o espírito puro, o wit, a ironia fina, mais gente ela exclui do seu campo. Passa a depender pesadamente da linguagem e exige um grau de domínio de meios de expressão e referências culturais - e até uma certa predisposição ideológica para captar a "mensagem" - que costumam vir associados a uma boa formação educacional. Se no Brasil a área de exclusão é maior do que a média internacional, a boa ironia é elitista em qualquer língua.
Fonte: VEJA
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