Frequentemente, a pequena e média empresa - PME's, em função das próprias circunstâncias e características, o tempo que se dedica ao planejamento é muito pequeno, em função do envolvimento do empreendedor com a totalidade dos assuntos da empresa. Essencialmente nos estágios iniciais, as atividades se resumem a soluções de crises diárias ou pela conjuntura ou pela própria origem do empreendedor.
O paradoxo reside neste ponto: com condições adversas, escassez de recursos, concentração nas rotinas e a preocupação com a sobrevivência no curto prazo, em suma, com pouca margem para erros, o empreendedor não acha tempo ou não tem o hábito de planejar. Dentre as razões para não planejar, as incertezas, o sentir-se ao sabor do mercado, sem controle dos acontecimentos, e a variabilidade do ambiente fazem com que a insegurança seja acentuada, contribuindo para o entendimento da suposta inutilidade do planejamento.
Quando há algum planejamento, a característica básica é a informalidade e a subjetividade, quando não desenvolvido apenas para a solução de dificuldades momentâneas. Isso não é planejamento.
Deve então a PME's fazer planos? Em que grau de formalidade? É impossível planejar? Ao imaginar uma empresa sem planejamento, encontra-se um empreendimento sem direção, sem rumo e, o pior, sem saber o que espera atingir; assim, as chances de sucesso são reduzidas. Como então se encontram as PME's que sem planejamento formal são bem sucedidas, enquanto há outras que com o planejamento sucumbem? Estaria a fronteira entre o sucesso e o fracasso vinculada ao grau de formalidade do planejamento?
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