A noção de que as empresas são organizações ou deveriam ser sistemas de aprendizagem foi explorada por diversos autores.
Para Cyert e Mach, toda organização tem algo de anarquia, pelo menos durante algum tempo. E é através desse processo anárquico que a organização constrói o seu conhecimento. Este processo anárquico afeta diretamente o processo decisório gerando conflitos e incertezas que permanecem semi-resolvidos. Para conviver com o conflito, as organizações desenvolvem diferentes mecanismos, tais como tomar decisões que procuram atender a todos os interesses, ou resolver problemas sequencialmente, em lugar de buscar a otimização global. Quanto à incerteza, todas as organizações convivem com ela e como ninguém conhece o futuro (clientes, mercado, economia, governo, tecnologia, concorrência), a organização dedica muito mais atenção a resolver os problemas urgentes, evitando as incertezas de longo prazo. Cada vez que surge um problema, e organização consegue resolvê-lo, cessa a busca de outra possibilidade de solução. A busca por soluções começa pelas soluções já conhecidas, evitando-se a originalidade, uma vez que se busca a segurança. Para estes autores, o processo de tomar decisão possibilita a aprendizagem organizacional. Os tomadores de decisão não conhecem tudo o que deveriam conhecer quando começam a resolver um problema. Eles aprendem à medida que progridem na solução de problemas. É o processo decisório que produz aprendizagem, não o contrário, porque os tomadores de decisão agem por tentativa e erro, e, ao fazê-lo, descobrem o que é possível e impossível.
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