sexta-feira, 3 de junho de 2011

APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

A noção de que as empresas são organizações ou deveriam ser sistemas de aprendizagem foi explorada por diversos autores.

De acordo com Peter Senge, a idéia de que as organizações, para terem sucesso, devem aprender a lidar com a mudança contínua. Devem tornar-se organizações que aprendem (learning organizations). Senge reconhece certas características que impedem as organizações de aprenderem, tais como: o comprometimento excessivo das pessoas com sua posição dentro da empresa, sem preocupação com o todo, atribuição de culpa e responsabilidade a fatores externos (outros departamentos, governo, concorrências, etc.), não reconhecendo as deficiências internas, preocupação com eventos imediatos, que impede a visão de padrões de mudança a longo prazo, ilusão de que aprendizagem resulta apenas da experiência e o mito de que a alta administração é coesa e tem consenso.
Para combater essas dificuldades, Senge propõe cinco disciplinas, a saber:
1 – Domínio Pessoal (personal mastery), as pessoas devem ter o mais alto nível possível de controle, não controle sobre outras pessoas, mas sobre si próprias. É o autocontrole, que significa a capacidade de as pessoas entenderem a si próprias e terem a clareza quanto a seus objetivos. A aprendizagem pessoal é a base da aprendizagem organizacional;
2 – Modelos Mentais (mental models), para Senge, são crenças, atitudes e percepções a respeito de clientes, produtos, ambiente, funcionários e outros aspectos da organização. Através deles que se transformam em hábitos que dificilmente são questionados, muito menos abandonados. O sucesso da organização, depende de sua capacidade de enxergar de maneira diferente e mudar costumes e procedimentos arraigados em sua cultura;
3 – Visão Compartilhada (shared vision) significa o entendimento comum a respeito do futuro da organização. Segundo Senge, uma visão genuína e aceita por todos os membros é uma das chaves para o sucesso da organização;
4 – Aprendizagem em equipe (team learning), num ambiente cooperativo, o grupo de trabalho consegue ser mais do que simples agrupamento de indivíduos. O potencial de sinergia se desenvolve, possibilitando uma maior inteligência grupal. Para que isso se materializa, a cooperação deve substituir as guerras entre feudos organizacionais;
5 – Pensamento Sistêmico (systems thinking) permite integrar e compreender as demais disciplinas propostas. Para Senge, é necessário raciocinar de forma sistêmica, em vês de enxergar apenas o que está mais perto do observador. É a arte de se enxergar ao mesmo tempo a floresta e as árvores, e não apenas conjuntos das árvores, o que é comum quando se tem visão imediatista. É preciso pensar e agir de forma sistêmica, em determinadas situações, para aprender e sobreviver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário